quinta-feira, 26 de maio de 2011

Liberdade?

Liberdade!
Somos relativamente livres, ou melhor cada vez menos livres. Não estou falando em matéria de direito mas, em condicionamentos sociais, padrões comportamentais,  imposições sutilmente sugeridas pela mídia, pelo marketing e/ ou pelo próprio sistema de ensino.
Liberdade de expressão, das mais variadas formas - no vestir-se, no falar, no morar, onde morar, com quem morar, que carro ter, ou não ter carro, que nome dar ao seu Deus, ou não ter um Deus, que time torcer, se acha necessário protestar por uma causa, ou não, se identifica-se com a ideologia de um partido político, ou de outro, ou de nenhum e tantas outras manifestações humanas estão sendo sistematicamente, sorrateiramente, estrategicamente abafadas, extintas!
O mais preocupante nisso tudo é que permitimos, pois, não nos damos por conta. Estamos amparados por um discurso de democracia, direitos humanos etc, quando na verdade cada vez menos livres somos. Nos moldamos a comportamentos padrões, nem que para isso perdemos identidade. Temos medo de sermos "diferente", de sermos o do "contra" e muitas vezes "dançamos conforme a música" para não nos incomodarmos ou para nem sermos vistos na multidão.
Gente, o que é isso? Pára o mundo que eu quero descer!Temos o livre arbítrio, somos livres para pensar, falar, acreditar, agir, vestir...somos únicos, não há como padronizar o homem, não fomos feitos em série, não queremos ser tratados como objetos, ou você quer? Não me importo se me acharem "diferente", já me chamaram de muitas coisas, deve ser porque não consigo seguir esses padrões, ou talvez porque ainda consigo falar um pouco o que penso.
Ana Paula

Mas, me chega de uma vez essa tal maturidade, se é que ela existe,rsrsrs!

Estou esperando, como criança espera o Papai Noel, a chegada da tal "maturidade". Confesso que já estou na dúvida se ela realmente existe ou é uma invenção para nos mantermos sempre na busca por mais responsabilidades, maior comprometimento, maiores atribuições, maiores investimentos etc.
Penso, as vezes, que ela é uma invenção para dizer ao ser humano que chegou a vida adulta e que deve evitar determinados comportamentos "infantis". Mas, se for isso, é um equívoco, porque podemos ser tudo...responsáveis, comprometidos, bons profissionais etc, sem perder a criança que há dentro de nós. Acho que se depender disso para ser "madura", vou ficar muuuuito tempo esperando, porque a vida sem ser vivida com os olhos de uma criança não tem graça!
Contudo, não sei se a tal "maturidade" já me chegou ou não, rsrsrsrrrs...afinal, estou com 27 anos, terminei a graduação e comecei a trabalhar desde os 21 anos, sou funcionária pública desde os 22 anos, já realizei mais duas pós graduações. Tenho um relacionamento estável a 9 anos, pago minhas contas em dia e não peço dim dim para minha mãe a um bom tempo(rsrsrs), pago o segundo carro, porque o primeiro eu detonei no acidente, também pago um apto em SM! Porém, ao mesmo tempo, divido uma coleção de carrinhos com meu marido, assim como um avião aeromodelo e um play 2, gosto de andar de moto, de bicicleta e a cavalo, ir para praia, viajar e gastar com, aos olhos dos adultos, futilidades. Brinco com meus alunos e me divirto muuuuito com eles (jogamos, conversamos, passeamos, contamos histórias etc, quando sobra tempo no meio disso tudo eu dou aula, brincadeirinha,rsrsrsr).
Enfim, tenho o que a sociedade espera de uma adulta "madura" mas, não deixei de ser criança. E agora? A tal maturidade já me chegou ou não, rsrsrsrsrsr!!!
Ana Paula

Ingenuidade ou confiança no ser humano?

A cada dia tenho me surpreendido com as barbáries de que o ser humano é capaz. Tenho reconhecido nas pessoas tantos sentimentos ruins, que geram atitudes/ comportamentos porque não dizer , desumanos. Não sei porque tenho tido este olhar mais aguçado, mas, o fato é que esses comportamentos tem me chateado. Hoje penso se antes não os percebia de forma tão clara por ser ingênua ou por confiar demais no ser humano e em sua bondade inerente. Na verdade, acredito que eu negava que as pessoas pudessem ter sentimentos ruins, porque não nascemos ruins, como também não somos totalmente ruins. O fato é que nos transforrmamos a partir de nossas experiências, vivências, oportunidades ou falta delas, a partir da educação.Contudo, mesmo sabendo de tudo isso, preciso acreditar nas pessoas, em seu potencial para ações positivas, não quero aceitar que sou ingênua ou sonhadora por querer um lugar mais agradável de se viver. Quero continuar a confiar no ser humano!
Ana Paula

terça-feira, 24 de maio de 2011

"Não podemos se entregar pros homens, mas, de jeito nenhum..."

Esse é um trecho de uma velha música nativista, se aplica em inúmeros cenários. Para mim, nesse momento, ainda em recuperação, "...não podemos se entregar..." representa um grito desesperado por piedade. Não consegui encontrar erros que justificassem tanto sofrimento, acho que nesses 27 anos de vida ainda não tive tempo de fazer tanto mal às outras pessoas para merecer passar por tamanha "provação".
"...Pros homens...", bem os homens devem ser os obstáculos, as adversidades, a dor, as baixas hospitalares, os procedimentos cirúrgicos, os exames, as revisões, os novos encaminhamentos, as terapias, a insegurança, o medo etc.
"...Mas, de jeito nenhum...", trata-se de esperança de que tudo vai dar certo,de que dias melhores virão.
Ana Paula

segunda-feira, 23 de maio de 2011

"Máquina"

Nosso corpo é uma "máquina", que apesar dos avanços da medicina, continua inexplorada, sim, em parte inexplorada. Nunca, jamais, vamos desvendar os mistérios da vida, sendo assim, os mistérios do funcionamento dessa "máquina".  Até os mais discrentes, os que se dizem ateus, se rendem diante de momentos de reação dessa "maquina", momentos em que a ciência não encontra respostas mas, que presencia o mistério da vida renascer.
Falo isso meus amigos, porque hoje é um dia muito, mas, muito especial, pois, meu grande amigo - nosso grande amigo, Zeca Bolzan, foi para o quarto após sessenta e poucos dias na UTI cuidando de uma pancreatite.
Falo "máquina", de mistério, de vida, inseparáveis de esperança, pensamento positivo e vontade de viver.
Oh Zeca, minha dupla no jogo de bocha, em breve estaremos os dois recuperados curtindo aquela sombra,rsrtsrrsrsr...
Ana Paula

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Mas, bah tchê!!!

Gosto das coisas do Rio Grande! Da nossa história, da nossa música, das nossas paisagens (acho que fomos presenteados por tantos lugares bonitos), da garra de nossa gente etc.
Mas, bah tchê! tem umas coisas que me deixam pensativas...será que não podemos ser "bagual" só nas letras de uma música ou nas lidas campeira que exigem força?A questão é que tenho visto muito gaúcho levando a história ao "pé da letra", representando os personagens das letras na vida real, fazendo das pessoas as seu redor seus "animais de doma" e o pior, meus amigos, vangloriando-se, batendo no peito e dizendo: - Porque eu sou gaúcho tchê e fui criado assim!
Não consigo perceber nenhum motivo de orgulho num sujeito assim, "criado assim". Percebo uma grande inversão de valores, isso sim! Vejo o gaúcho como um homem trabalhador, íntegro, honesto, que cuida da família, que quer o bem do próximo, que vislumbra um futuro junto da sua "prenda" e de seus "piás" etc. Mas, não vejo um cara arrogante, agressivo, dominador etc.
Acho que esses são gaúchos importados de outras querências, que ainda não aprenderam a ser GAÚCHOS, rsrsrs...
Ana Paula 

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O que você vai ser quando crescer?

Os papéis que escolhemos ou que por circunstâncias exercemos, ou seja, escolhemos profissão, mas, exercemos tantos outros como de esposa, amiga, colega, prima, madrinha, comadre, sobrinha, neta e porque não dizer o de paciente. Em dado momento, em dada circunstância, exercemos um papel social!
Porém, acredito, que o único que podemos escolher, que temos a liberdade em optar, seja o papel social profissional. Contudo, esta deve ser bem porque está diretamente relacionada não só com a nossa vida, mas, com a vida de tantas outras pessoas.
No meu caso, minha escolha foi motivada por ideologias, paixões, utopias de uma sociedade mais justa e igualitária para todos etc, enfim, motivos que até hoje me movem e fazem eu enfrentar obstáculos, críticas e as mais variadas formas de boicotes. Talvez no início, não tivesse noção real do meu papel social, mas, hoje que tenho, as vezes me assusto, porque vejo que há tanto a se fazer e que são tantas as barreiras, nossa!
É meus amigos, quando a Xuxa perguntar: O que você vai ser quando crescer? Pense bem antes de responder, rsrsrsrsr!
Ana Paula

Hospitais!

Tenho visitado bastante os hospitais nos últimos 14 meses, para ser mais específica, faço visitas diárias. E, infelizmente, essas visitas não são para levar conforto ou uma palavra amiga a pacientes mas, para minha própria recuperação.
Dentre outras reflexões, que essas visitas provacam, é sobre os papéis sociais e a importância que damos a eles. Sempre via pela rua aquelas meninas vestidas de branco, nas paradas esperando o ônibus, com ar de cansadas, mas, meus pensamentos nunca foram além disso até conhecê-las, ou melhor, até precisar delas. Aí descobri tão fantásticas são, do tanto de abdicação de suas vidas particulares ao bem do próximo, que além de enfermeiras, técnicas em enfermagem e de toda carga e/ ou sobrecarga que o cargo exige, muitas se tormam amigas, confidentes, "psicólogas", motivacionistas etc, conhecem o paciente pelo nome e sabem se está bem pelos olhos.
Bom, os médicos! Achei que eu iria ficar com "Síndrome do Jaleco Branco" pois, foram muitos os que me assitiram, foram muitos os procedimentos, muitas cirurgias, exames etc. Mas, pelo contrário, acredito que quando há atenção, cuidado, respeito pelo ser humano a relação ultrapassa a barreira médico/ paciente e cria-se um vínculo de amizade.
Para um paciente em estado grave, as relações que se estabelecem, desde sua chegada ao hospital, são de extrema importância para sua recuperação, não poderia dizer nomes, foram muitos os anjos da guarda (como chamo-os) mas, gostaria  nesse momento de agradecer, com todo meu carinho, por tudo que fizeram e continuam fazendo. Agradecer aos guris da portaria que consolavam meus pais e amigos, ao pessoal da limpeza pelas piadas e brincadeiras quando eu estava para baixo, aos voluntários e estagiários por não terem fugido, aos técnicos(a) em enfermagem e enfermeiros(a) por terem mantido os cuidados necessários  e por terem sido amigos, companheiros etc, agradecer, é claro, ao grande grupo de médicos que continuam me acompanhando, pela disponibilidade, atenção, perícia, comprometimento e amizade.
Um forte abraço!
Ana Paula

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Mais um dia ou menos um dia?

Caros amigos!
Hoje foi um dia "daqueles", dias como este eu não sei dizer se conto como mais um dia ou menos um dia.
Mais um? Ok! Experiência, experiência, experiência...droga, não consegui achar outra palavra.
Menos um? Acho que sim! Hoje foi o típico menos um dia de existência...sabe aqueles dias onde seria melhor não ter levantado da cama? Daqueles onde você só encontra pessoas de mal com a vida, enfrenta caras feias e mal humores inexplicáveis, fica sabendo de "fofoquinhas", "conversinhas", sem nenhum objetivo saudável? Ou ainda presencia o ser humano com toda sua maldade, inveja e sei lá que outros adjetivos poderia utilizar, enfim, acho que hoje perdi um dia de vida, literalmente,rsrsrs...
Tem dias que a gente ganha e tem dias que a gente perde!
Tem dias que contamos como mais um e outros como menos um!
Tem dias que a humanidade, ou a falta dela, faz eu pensar que temos muitos outros dias a perder!
Não gosto de dias assim, penso que é um desperdício de vida e me pergunto se consigo fazer diferente, se consigo fazer a diferença!
Ana Paula



domingo, 15 de maio de 2011

Inclusão...

“Não existe maneira mais perversa de excluir que se buscar incluir sem conhecer meios e processos para bem fazê-lo.”
Celso Antunes
Ana Paula

sábado, 14 de maio de 2011

...ou somente os Loucos?

..."Eu me arrastava na mesma direção, tenho feito isso por toda a minha vida, sempre correndo atrás de pessoas que me interessam, porque para mim, pessoas mesmo são os loucos, os que estão loucos para viver, loucos para falar, loucos para serem salvos, que querem tudo ao mesmo tempo, aqueles que nunca bocejam e jamais dizem coisas comuns, mas queimam, queimam como fabulosos fogos de artifícios, explodindo como constelações em cujo centro fervilhante, pode-se ver um brilho azul e intenso..."
Jack Kerouac
Ana Paula

8 DE SETEMBRO - DIA INTERNACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO O dia 8 de setembro foi declarado dia internacional da alfabetização pela UNESCO em 26 de...