sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Sinais?

Textão da madrugada...

Sinais?!

Não sei se isso é comum mas, comigo aconteceu e nos momentos mais difíceis, ainda acontece. Parece uma senha, um sinal, que o "Cara lá de cima" dá, para chamar minha atenção, jamais no sentido de repreensão mas, talvez num sentido de continue a caminhar. De alguma forma, nesses momentos de "crises", sejam elas por qual forem os motivos, encontro com pessoas que se tornam especiais. Especiais nos mínimos e menores detalhes, num "Oie", ou "estou com saudades, está sumida", "estou aqui para o que precisar, seja lá para o que for tá?!", ou as mais atrevidas "Vamos lá, vamos recomeçar,  vamos ver o que dá para fazer". Especialistas em se fazerem presentes, sem questionar, sem apontar, sem julgar. Amar as criaturas em suas incompletudes, apenas por amar! Amar ao outro e a todas as criaturas,  transcende textos sagrados e está intrínseco em seus seres. Até acredito, que muitas dessas pessoas especiais, nem conheçam dogmas religiosos pois, estão libertas das condições humanas impostas para as existências, que determinam lugares, posições, comportamentos, elencados por julgamentos superficiais e mesquinhos. Como essas pessoas especiais alimentam meu espírito de esperança! Como as utilizo, mesmo que elas nem saibam o quanto são caras, como combustível para a resistência e a resiliência em um mundo tão frio, áspero e despertador de ódios. Nem sempre é fácil o lugar que nos permitiram ser e estar no mundo, mesmo considerando alguns privilégios em relação à algumas outras existências, não é fácil! E quem disse que seria? Aceitei as provas, ainda que a providência divina não permita que lembre quais são mas, não vou me desviar delas. Toda a frágil sorte é estar conseguindo, em meio à tantas inquietações, ler os sinais. A amizade é um sinal do mundo espiritual que jamais estamos sozinhos e que o mesmo Deus/ Cara lá de cima  que habita em mim, habita em alguns/ algumas outras.

Às 05:00, lembrei de um texto que uma pessoa especial me enviou e que eu não havia tido tempo para ler...."Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do terceiro mundo." (GLORIA ANZALDÚA, 1981). Escrever é uma forma de existir em uma sociedade que não considera grande número de existências. Uma forma humana de driblar a invisibilidade e dividir bagagens. Uma forma de resistência e resiliência! Uma forma de transcendência e de imortalidade!

Congelar investimentos na educação por 20 anos; Tirar autonomia e escolhas democráticas de reitores de universidades públicas; Cortar bolsas de ensino, pesquisa e extensão;  Zombar dos conhecimentos científicos produzidos por universidades e institutos federais; Ímpor escolas cívico militares; Fazer fusão, ou quase extinção da secretaria de educação especial do Ministério da Educação; Deixar um país com dimensões continentais,  gigantes riqueza e diversidade étnica/ cultural, sem Ministro da Educação; Atacar e constranger trabalhadores da educação com Fake News e propositura de lei para exames toxicológicos; Retirar direitos dos trabalhadores da educação,  permitir atraso, parcelamento  e falta de reajuste salarial por mais de 6 anos, deixando milhares de famílias  em situação  de miserabilidade, levando ao adoecimento massivos de uma categoria; Privação do direito à educação pública e de qualidade, excluindo através do ensino híbrido, milhares de crianças e adolescentes gaúchos da principal ferramenta de aprendizagem, punindo-os por não terem acesso aos recursos tecnológicos como os demais; Usar as escolas como aparelho ideológico do estado e as forças armadas como aparelho repressor do estado. Para um Estado facista, misógino, racista, homofóbico, corrupto, liberal e vassalo internacional. taxar livros é fácil demais!

Taxar livros é ferramenta de perpetuação das condições de opressores x oprimidos. É a negação do direito de conhecer outras formas de organizações sociais, inclusivas, garantindo o direito de existir com dignidade, independentemente de cor, credo, gênero. A taxação de grandes fortunas é impensável num país com sangue de colonizador. Onde uma minoria sente-se no direito de "possuir" vidas, impor sua cultura branca, européia, capitalista, patriarcal. Explorando forças vitais, tirando o último gás de vidas,  para acúmulo de capital e depois jogando - as à má sorte de serem nascidas na terra onde "se plantando tudo dá" -  plantado por muitos e dados apenas à alguns. Livros libertam! Precisam ser taxados e a educação pública arrasada para não criarem problemas à casa grande!

Conheci a pouco a pessoa que me enviou o texto. Pensando bem, não sabemos muito uma sobre a outra. Somente o que foi conseguido mostrar uma a outra, sem que o dedo indicador inquisitor questionasse. Contudo, o suficiente por enquanto,  para que eu goste dela e acho que ela goste um pouco de mim pois, parece que temos o mesmo Cara lá de cima habitando em nossos corações. Muito provavelmente, ela irá ler este post da metade para o final da manhã, durante seu café ou tragando seu cigarrinho, kkk...  

E assim tem sido essa travessia, em cada trecho uma paradinha para reconhecer os sinais e recomeçar a caminhada.

#UmaBoaLuta

💪👊😘

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